A ocitocina e seus benefícios

Você sabe como o hormônio do amor pode afetar o seu organismo?

A ocitocina, também chamada de hormônio do amor, é produzida no cérebro e é conhecida principalmente por ser essencial para o parto dos mamíferos. É ela que promove as contrações uterinas e causa a dilatação do colo, facilitando a saída do bebê. Mas, apesar de ser durante o parto que o corpo mais libera ocitocina, essa não é a única função do hormônio.

Além de auxiliar na parição, a ocitocina também tem outras importantes ações no processo reprodutivo feminino, e age também estimulando a lactação. Durante a amamentação, o hormônio promove a produção e saída de leite, mas não para por aí. A ocitocina age também nas emoções e até na socialização humana. Na relação entre mamãe e bebê, a liberação desse hormônio se intensifica durante a amamentação, conectando emocionalmente a mulher ao seu filho e trazendo inclusive uma sensação de prazer e relaxamento.

A ação da ocitocina é muito importante também em outros aspectos de socialização humana, e não é à toa que é conhecida como hormônio do amor. Ela é a responsável pela atração sexual, pelo desejo, pela vontade de ficar próximo de quem amamos e até mesmo pela fidelidade e manutenção de um parceiro fixo. A ocitocina também é liberada no momento do orgasmo, estimulando contrações de prazer.

A ocitocina também é o hormônio das relações

A função da ocitocina no cérebro vai além do sistema reprodutivo. Esse hormônio age fortemente sobre a forma que nos relacionamos, facilitando a socialização e o “agrupamento”, a vontade de estar com outras pessoas. Estudos já revelaram que a aplicação sintética de ocitocina pode até mesmo ajudar pessoas com autismo a interagir com os outros.

Outro estudo, publicado na Public Library of Science, dividiu os participantes em dois grupos, sendo que alguns inalaram ocitocina e outros inalaram placebo. Depois disso, eles teriam que decidir sobre como dividir dinheiro com um estranho. A ocitocina agiu nos participantes favorecendo o altruísmo, sendo que aqueles que inalaram o hormônio foram 80% mais generosos.

Mas mesmo com tantos benefícios, o uso da ocitocina nem sempre pode ser indicado. Em casos de partos muito difíceis, pode ser necessária a aplicação do hormônio sintético para facilitar o processo, mas também existem riscos. O uso indiscriminado de ocitocina em trabalhos de parto, por exemplo, pode aumentar o risco de complicações para a mãe e para o recém-nascido, podendo provocar hemorragias e alteração do ritmo cardíaco do bebê.

E, apesar da inalação da ocitocina, como comentamos anteriormente, já ter demonstrado uma grande melhorar em situações sociais, não existem estudos dos efeitos a longo prazo do uso desse hormônio em spray.

No geral, o contato físico pode aumentar naturalmente a produção de ocitocina. E aqui se inclui, além do contato sexual, também contatos afetivos como abraços e carinhos. Além disso, a prática de boas ações, que gerem sensações boas e altruístas no corpo, também pode estimular sua produção!

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