Especialistas afirmam que a redução no consumo de carboidratos e o aumento de proteínas favorecem a fertilidade tanto das mulheres quanto dos homens
Um estudo do Instituto de Medicina Reprodutiva de Delaware (DIRM), em Nova Jersey, nos Estados Unidos, concluiu que as mulheres devem consumir baixo teor de carboidrato para terem cinco vezes mais chances de engravidar. “Altos níveis de carboidratos já são conhecidos por afetar as funções metabólicas do corpo e podem contribuir para a obesidade, que, por si só, reduz a fertilidade”, explica Sarina Occhipinti, especialista em clínica médica e em nutrição funcional, do Instituto Sari, em Nova Lima (MG).
Especialistas em fertilidade afirmam, também, que uma dieta rica em carboidratos pode afetar gravemente o sistema reprodutivo da mulher, reduzindo a qualidade dos óvulos. Além disso, esse consumo também pode afetar a fertilidade masculina ao danificar o DNA no esperma, o que interfere na qualidade e na quantidade de espermatozoides.
Durante o estudo norte-americano, 120 mulheres foram divididas em dois grupos e submetidas à fertilização in vitro. No total, 58% das pessoas no grupo low carb (em que um quarto da energia diária provém da proteína) conseguiram ter um bebê. Já no grupo que manteve uma dieta rica em carboidratos, apenas 11% alcançaram o sucesso.
Controle do diabetes
A dieta cetogênica – uma das versões da dieta low carb – também pode ser uma alternativa interessante tanto para quem busca perder peso quanto para quem sofre de diabetes do tipo 2. A afirmação é do “Journal of the American Medical Association” (JAMA), uma das publicações científicas mais relevantes do mundo.
“A dieta cetogênica se baseia na ingestão mínima de carboidratos, priorizando alimentos ricos em gorduras saudáveis. Quando você restringe os carboidratos da dieta, você induz o organismo a entrar em cetose, quando o corpo passa a queimar a gordura como fonte de energia, em vez de carboidratos”, explica Sarina Occhipinti.
Confira algumas dicas da especialista para adotar a alimentação saudável:
- Toda forma de alimentação saudável deve ser acompanhada pela orientação de um especialista, que vai definir a melhor dieta e adequá-la às necessidades e especificidades do organismo de cada paciente.
- Usar dietas de amigos ou de celebridades não é uma boa opção e pode trazer frustrações, já que um mesmo plano alimentar não traz resultados iguais para pessoas diferentes.
- A genética, os hormônios, o metabolismo e até mesmo os aspectos psicológicos de cada um são fatores importantes para o sucesso de uma nova relação com a alimentação.
- Todo excesso é ruim. Manter o equilíbrio também é essencial para garantir uma vida saudável e isso pode significar até mesmo que, uma vez ou outra, sair da dieta faz bem.